terça-feira, 17 de novembro de 2009



Subsídio de Desemprego para patrões

As confederações patronais vão pedir esta semana à ministra do Trabalho, Helena André, o alargamento do subsídio de desemprego aos empresários ainda este ano e o adiamento do código contributivo para 2011. A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) são unânimes na reivindicação do alargamento do subsídio de desemprego aos administradores e gerentes de empresas, sobretudo de micro e pequenas empresas.
Para Carlos Teixeira, da Associação Industrial de Guimarães, a medida, se seguir para a frente, 'vai ajudar muita gente a quem o subsídio faz falta'. Segundo o empresário, particularmente nas microempresas, 'há negócios familiares, de comércio e afins em que o patrão trabalha tanto ou mais do que os seus funcionários. Esses merecem receber subsídio de desemprego'. A CIP justificou a sua reivindicação à agência Lusa com o facto de "a incerteza perante o trabalho" afectar não só os trabalhadores, mas também "os administradores e os gerentes das empresas".
Estas exigências serão feitas na terça-feira, na primeira reunião com os parceiros sociais.

Fonte: Correio da Manhã
Miguel Beato

4 comentários:

  1. Eu gostaria de saber - mera curiosidade claro -se o Senhor Miguel Beato sabe o que é um micro-empresário?
    Eu gostaria de saber - mera curiosidade claro - se o Senhor Miguel beato sabe o que é lutar para conseguir pagar ordenados e se o dinheiro não chegar para todos ser ele a não receber?
    Eu gostaria de saber - mera curiosidade claro - se alguma vez o Senhor Miguel Beato se interrogou se tudo vez para merecer o ordenado que lhe pagaram?
    Tantas coisas eu gostaria de saber!

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  2. Pois é com muito gosto que respondo às suas preplexidades. Vamos lá ver: Relativamente às duas primeiras perguntas, devo dizer-lhe que sou precisamente filho dum micro-empresário, que nunca precisou do érário público para pagar os salários aos seus funcionários. Foi precisamente por isso que ele optou por ser empresário, entende?
    No que me diz respeito, meu amigo, apenas lhe digo que quem me paga os meus serviços não se tem queixado, pelo que ...

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  3. Sou desempregada desde 2007.De longa duração. Tenho 55 anos de idade e 35 anos de descontos para a Segurança Social.Nunca mais irei ter um "emprego". Não sei o que me espera até aos 65 anos, Mas a pior alternativa que se me apresenta será viver do Rendimento Social de Inserção. Ou seja, à conta do ESTADO.O que não quero e estou a procurar evitar.
    Feita esta declaração de interesses, acho vergonhoso que quem sempre tão mal falou dos desempregados e dos valores dos subsídios dispendidos pelo ESTADO,(CIPs e Cª) alegando entre outras alarvidades, que estes eram impeditivos dos desempregados aceitarem trabalhar por salários da "competitividade" os venham agora requerer para os seus associados, em vez de os "contratarem" pelos salários que então ofereciam.
    Sobre os empresários em nome individual e recibos verdes, o meu entendimento é diferente.
    É aceitável que sejam subsidiados.
    Não se estende, porém, a GERENTES, ADMINISTRADORES e Cª!
    Porque esta gente só administra e gere a melhor forma de não pagar à Segurança Social e ao Fisco, e retirar das empresas os proveitos que depois aplicam em património pessoal avultado.
    As empresas estão sempre falidas e sem património nenhum. Os seus trabalhadores nem os salários em atraso recebem...
    Haverá excepções-, claro. Que só confirmam esta regra.
    A "viragem" de empresário, administrador e Gerente, à procura de trabalho nos Centros de Emprego,e a fazer apresentações quinzenais como criminosos, talvez lhes desse a percepção real do desempregado...
    E talvez reunissem as condições - digo "qualificações de personalidade e cempetencia" para serem contratados pelos colegas que afinal não "conseguem recrutar ninguém nos Centros de Emprego" para as suas fábricas...Porque os desempregados não querem trabalhar..(Em vez de assumirem que os patrões não querem pagar decentemente...)
    Porque se queixam que os subsídios atribuídos aos desempregados (com origem no perfil de trabalhadores de conta de outrém) são elevados, é altura de conhecermos os montantes que eles consideram "competitivos" para mudar de patrão para empregado, no mercado de trabalho que eles próprios criaram...

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  4. O "desabafo" anterior (desculpe, referir-me assim ao seu excelente contributo)ajudou-nos a perceber melhor a DURA REALIDADE DO DIA-A-DIA, bem como a pensar de forma mais esclarecida estas questões! Obrigado pela sua fina argúcia! E obrigado também pela sua imensa coragem!
    Miguel Beato

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