quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Paradoxo de Constâncio


Victor Constâncio é um estudo de caso Português

Ao longo de 2009 atravessou as maiores intempéries politicas que alguém poderia vislumbrar como possíveis de suportar durante um qualquer percurso.
O seu nome esteve em vias de cair na lama, tendo até o Partido Socialista  interiorizado ser impossível ilibar o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, face aos indícios da actuação negligente daquela instituição devido  ao que se passava no Banco Português de Negócios. Voltou à baila por causa do assunto Vara, antes disso já era conhecido como um dos banqueiros centrais  mais bem pagos do mundo (250 mil euros), ganhando mais que o próprio presidente da Reserva Federal  da maior economia do mundo(140 mil).
Então, como se não fosse ainda suficiente, eis que Constâncio volta agora de novo a constar nas chamadas de capa dos jornais da actualidade. O titulo é claro «Constâncio na calha para ser vice-presidente do BCE».
Numa altura em que os bancos em Portugal estão a lucrar 5 milhões por dia enquanto o nosso País vive mergulhado em alguns dos maiores escândalos bancários que há memória, debitando lá para fora a imagem de um País atolado num pântano de suspeição económico e de corrupção intoleráveis , eis que surge a noticia que Constâncio  poderá vir a substituir Lucas Papademos como Vice presidente do BCE. Só falta mesmo saber se o mesmo aceita concorrer ao cargo, mas ainda assim, caso não aceite, também não advirá dai qualquer problema, pois o amigo e conselheiro de Durão Barroso, Victor Gaspar avançará em seu lugar.
É aqui então que reside o "Paradoxo Constâncio"; ou seja: consegue sozinho e ao mesmo tempo ser vítima e vampiro deste sistema.        
António Lage

2 comentários:

  1. E tu, António Laje, és vitima ou vampiro deste sistema?

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  2. O Constâncio é o "cão do dono" de José Socrates. Trata-se do segundo mais bem pago presidente de Banco Central do mundo ocidental. Isto numa economia miserável como a nossa! E tem a desfassatez de recorrentemente reclamar moderação salaraial para quem apenas sobrevive com uns míseros 400 euros?!

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