quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Contas abrem guerra na Junta de Campolide


Presidente solicitou uma auditoria e uma investigação a eventuais actos ilícitos do anterior líder eleito pelo PSD

O anterior presidente da Junta de Campolide justifica o passivo da freguesia, que em Outubro rondava os 129 mil euros, com o atraso da Câmara de Lisboa no pagamento de mais de 137 mil euros, alegadamente devidos como pagamento de obras realizadas na Escola Mestre Querubim Lapa. O problema é que tanto o actual presidente da junta, que já desencadeou uma auditoria externa às contas, como o executivo camarário dizem que nenhum documento comprova a existência dessa dívida.

O social-democrata Jorge Santos, que presidiu quatro anos à Junta de Campolide, garante que a anterior vereadora da Cultura, Rosalia Vargas, se comprometeu, em Agosto deste ano, a pagar aquele valor, tendo exarado um despacho nesse sentido. O ex-autarca acrescenta que lhe foi dito que o pagamento seria feito assim que fosse aprovada uma alteração orçamental, o que veio a acontecer no mês seguinte, segundo diz.

O ex-líder da junta acrescenta, porém, que a transferência dos 137.367 euros não foi feita "a tempo e horas" em Setembro, como teria ficado acordado, "de propósito, porque, como o PS ganhou as eleições para a freguesia, convinha fazer com que o PSD ficasse mal visto". Esse alegado atraso, acrescenta Santos, "está a pôr em causa os serviços que a junta presta à população", tendo obrigado ao encerramento do posto médico onde eram atendidos os moradores de Campolide.

No que diz respeito à alegada dívida o actual presidente da Junta, socialista, desmente as afirmações do seu antecessor. "Não temos na junta de freguesia nenhum documento que comprove essa dívida", diz André Couto, explicando que existe apenas uma deliberação em que a autarquia assumia o pagamento de cerca de 86 mil euros relativos à aquisição e colocação de novos equipamentos na cozinha da Escola Mestre Querubim Lapa, valor que "deu entrada" na junta.

Tanto o vereador da Educação, através da assessora de imprensa, como um adjunto do anterior vereador das Finanças garantiram ao PÚBLICO que desconhecem a existência de qualquer despacho determinando o pagamento da alegada dívida à Junta de Campolide.

1 comentário:

  1. nos sabemos que a pulitica é assim mas eu so tenho pena que os mais pequenos sofrao, pois eu sou um deles,como á gente assim sem coraça.

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