Em comunicado a Entidade Reguladora da Comunicação invoca o artigo 8º do seu Estatuto, que lhe atribui competencia para “zelar pela independência das entidades que prosseguem actividades de comunicação social perante os poderes político e económico”, e informa que decidiu abrir um processo de averiguações à situação denunciada pelo director do jornal “Sol’”.
No passado domingo, em entrevista no ”Correio da Manhã”, José António Saraiva contou que recebeu “dois telefonemas por parte de pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que se não publicássemos notícias sobre o Freeport os nossos problemas se resolviam”. O director do semanário "Sol", afirma que nessa altura o jornal não faliu “por um milagre”.
A entidade reguladora vai investigar ainda alegadas interferências na independência de alguns órgãos de comunicação social por via do investimento publicitário do Estado, depois de ter sido noticiado que os jornais mais prejudicados em termos de investimento publicitário eram os que publicavam notícias menos favoráveis ao Governo (entre eles encontram-se o PÚBLICO e o SOL).
O Bloco de Esquerda já desencadeou uma iniciativa idêntica no Parlamento.
Pub. Miguel Beato
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