domingo, 15 de novembro de 2009


 Olivais Shopping

Uma das situações que mais tem intrigado o Bloco de Marvila, é o facto de não existir um unico centro comercial na nossa  freguesia.
Na nossa freguesia  vizinha (Olivais) deparamos-nos  com um  centro comercial praticamente ao nível dos melhores de Lisboa.
Mais grave ainda é o facto de que a maior freguesia da capital  logo a seguir aos Olivais  e Benfica , não tem no seu interior um qualquer  importante pólo de atracção, que possa chamar a si os cidadãos de toda a Lisboa.
Marvila  precisa de se abrir à cidade e a melhor forma de o conseguir é através de possuir pontos fortes de atracção, que possam despertar o interesse  das mais diversas pessoas da cidade de Lisboa.
NÃO HÁ UM CINEMA EM MARVILA, UM MUSEU, UM CENTRO COMERCIAL,  UM VERDADEIRO JARDIM, UM QUALQUER MONUMENTO. Nada; Neste momento, Marvila, lamentavelmente,  continua a ser uma Freguesia de dormitório.

António Lage

19 comentários:

  1. É de facto, verdade que Marvila precisa de dinamização, mas sinceramente, um centro comercial é algo que não é o mais importante.

    Os centros comerciais não são verdadeiros pólos de dinamização social e cultural, mas sim, centros de consumo.

    E não é verdade que não existam monumentos em Marvila. Existem, mas têm pouca dinamização cultural.

    Posso dar o exemplo dos seguintes monumentos:

    -Portal e galilé da Igreja de Chelas

    -Antigo Convento de São Félix e Santo Adrião de Chelas

    -Capela do Asilo dos Velhos

    -Capela da Mansão de Santa Maria de Marvila ( Infelizmente, sob a gestão da Fundação D. Pedro IV)

    -Capela do Antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição

    -Igreja Paroquial de Santo Agostinho a Marvila


    Quer queiramos, quer não, os centros comerciais estão associados a uma base social que permita a sua existência.

    Nessa base social, encontram-se implícitos factores não somente económicos e demográficos, mas também sociais, de segurança, de agradabilidade social, etc.

    Se por um lado, Marvila é uma freguesia com muitos moradores, a verdade é que a base social de Marvila é ainda pouco atractiva para a criação de um centro comercial.

    Não no sentido quantitativo, porque concerteza que existem pessoas suficientes para visitar um shopping, mas seria um shopoping, com poucas atracções do ponto de vista social.

    Os verdadeiros problemas de Marvila encontram-se na baixa educação dos seus moradores, na fraca inclusão social, na fraca inserção profissional, além de que os dirigentes políticos de Marvila têm sido muito pouco eficientes na dinamização da freguesia.

    Sinceramente, o Bloco de Esquerda deve-se preocupar mais com os verdadeiros problemas de Marvila ,do que com a criação de mais um centro comercial.

    Existem outros pólos de dinamização cultural e social, bem mais importantes do que centros comerciais.

    Em Marvila, até já existem locais que podiam perfeitamente chamar a atenção do resto a cidade, mas tal não acontecido com um nível mínimo, porque a base social de Marvila e também urbanística, continuam a ser o principal entrave à abertura da freguesia à cidade.

    O Campo de Golfe da Bela Vista, o Parque da Bela Vista com o Rock in Rio, e o Feira Nova da Belavista, o ISEL e a RTP não o conseguiram.

    E não o conseguiram, precisamente, porque a base social de Marvila continua ainda a apresentar grandes lacunas sob todos os pontos de vista, facto que por um lado, faz com os que marvilenses se sintam isolados, e por outro lado, com que o resto da cidade, não sinta vontade e atracção em visitar a freguesia.

    O exemplo do Feira Nova da Bela Vista é o mais paradigmático:

    Muitas pessoas que moram na zona de Alvalade, Av. Estados Unidos da América, Areeiro, Olaias, etc, fazem compras ao Feira Nova da Bela Vista, mas na realidade, a freguesia continuar a estar isolada do resto da cidade.

    Mesmo que existisse um centro comercial em Marvila com uma grande frequência, a verdade é que a estrutura base da freguesia continuaria a apresentar graves problemas relacionados com o isolamento ao resto da cidade, porque os mesmos problemaas continuam a não ser resolvidos na sua base.

    O centro comercial dos Olivais, agora com o nome de Spacio, na realidade, apesar de estar ao nível dos outros centros comerciais, é sobretudo frequentado pelos moradores da zona, porque é aquilo a que vulgarmente se designa de "Shopping de Bairro".


    Fica sempre a dúvida se um Centro Comercial em Marvila seria um verdadeiro pólo de atracção na relacção com o resto da cidade.

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  2. Sim, de acordo.
    como eu refiro, a falta de um centro comercial não é a situação mais grave para nós. Mas serve como paradigma para os Olivais, uma freguesia parecida com a nossa, mas que sempre vai tendo um pólo comercial bem sucedido, em Marvila nem sequer temos isso.
    Quanto ao género social de moradores , se há freguesia parecida connosco, onde as comparações ainda vão sendo possíveis é precisamente os Olivais.

    António Lage

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  3. É de facto, verdade que Marvila precisa de dinamização, mas sinceramente, um centro comercial é algo que não é o mais importante.

    Os centros comerciais não são verdadeiros pólos de dinamização social e cultural, mas sim, centros de consumo.

    E não é verdade que não existam monumentos em Marvila. Existem, mas têm pouca dinamização cultural.

    Posso dar o exemplo dos seguintes monumentos:

    -Portal e galilé da Igreja de Chelas

    -Antigo Convento de São Félix e Santo Adrião de Chelas

    -Capela do Asilo dos Velhos

    -Capela da Mansão de Santa Maria de Marvila ( Infelizmente, sob a gestão da Fundação D. Pedro IV)

    -Capela do Antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição

    -Igreja Paroquial de Santo Agostinho a Marvila


    Quer queiramos, quer não, os centros comerciais estão associados a uma base social que permita a sua existência.

    Nessa base social, encontram-se implícitos factores não somente económicos e demográficos, mas também sociais, de segurança, de agradabilidade social, etc.

    Se por um lado, Marvila é uma freguesia com muitos moradores, a verdade é que a base social de Marvila é ainda pouco atractiva para a criação de um centro comercial.

    Não no sentido quantitativo, porque concerteza que existem pessoas suficientes para visitar um shopping, mas seria um shopoping, com poucas atracções do ponto de vista social.

    Os verdadeiros problemas de Marvila encontram-se na baixa educação dos seus moradores, na fraca inclusão social, na fraca inserção profissional, além de que os dirigentes políticos de Marvila têm sido muito pouco eficientes na dinamização da freguesia.

    Sinceramente, o Bloco de Esquerda deve-se preocupar mais com os verdadeiros problemas de Marvila ,do que com a criação de mais um centro comercial.

    Existem outros pólos de dinamização cultural e social, bem mais importantes do que centros comerciais.

    Em Marvila, até já existem locais que podiam perfeitamente chamar a atenção do resto a cidade, mas tal não acontecido com um nível mínimo, porque a base social de Marvila e também urbanística, continuam a ser o principal entrave à abertura da freguesia à cidade.

    O Campo de Golfe da Bela Vista, o Parque da Bela Vista com o Rock in Rio, o Feira Nova da Bela Vista, o ISEL e a RTP não o conseguiram.

    E não o conseguiram, precisamente, porque a base social de Marvila continua ainda a apresentar grandes lacunas sob todos os pontos de vista, facto que por um lado, faz com os que marvilenses se sintam isolados, e por outro lado, com que o resto da cidade, não sinta vontade e atracção em visitar a freguesia.

    O exemplo do Feira Nova da Bela Vista é o mais paradigmático:

    Muitas pessoas que moram na zona de Alvalade, Av. Estados Unidos da América, Areeiro, Olaias, etc, fazem compras no Feira Nova da Bela Vista, mas na realidade, a freguesia continuar a estar isolada do resto da cidade.

    Mesmo que existisse um centro comercial em Marvila com uma grande frequência, a verdade é que a estrutura base da freguesia continuaria a apresentar graves problemas relacionados com o isolamento ao resto da cidade, porque os mesmos problemaas continuam a não ser resolvidos na sua base.

    O centro comercial dos Olivais, agora com o nome de Spacio, na realidade, apesar de estar ao nível dos outros centros comerciais, é sobretudo frequentado pelos moradores da zona, porque é aquilo a que vulgarmente se designa de "Shopping de Bairro".


    Fica sempre a dúvida se um centro comercial em Marvila seria um verdadeiro pólo de atracção na relacção com o resto da cidade.

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  4. Existem de facto problemas existentes nos Olivais parecidos com os de Marvila, mas verifica-se ainda infelizmente, uma diferença substâncial entre os Olivais e Marvila.

    É verdade que os Olivais têm na sua génese uma base de habitação social, mas não apresentam o mesmo tipo de problemas como aqueles que se verificam em Marvila, e nem nunca sofreram o estigma a que sempre esteve associado o nome "Chelas."

    A habitação social dos Olivais foi atribuída na décade de 60, a pessoas de diferentes extractos sociais. Foi na altura, uma espécie de experiência piloto concretizada pelo então regime do Estado Novo.

    Em Chelas, a condição social e a exlusão social foram e são muito mais baixas, para não falarmos das diferenças urbanísticas, que são muito grandes.

    A qualidade da construção urbanística em Chelas foi uma autêntica desgraça.

    A maior semelhança que os Olivais sempre tiveram em relacção a Chelas/Marvila, foi o factor isolamento da zona oriental de Lisboa.

    Sempre existiram também problemas de exclusão social nos Olivais, mas não ao nível de Chelas/ Marvila.

    Quanto ao centro comercial, assim sendo, fico mais satisfeito por considerar que não é o mais importante para o desenvolvimento da zona de Marvila, embora perceba também a sua posição da necessidade da criação de pólos de atracção em Marvila.


    Cumprimentos,

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  5. Peço desculpa por alguns erros verificados nos meus comentários, mas deveram-se ao facto de os ter escrito com um certo ritmo.

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  6. No fundo partilhamos alguns pontos em comum. Permita-me apenas comentar a questão do estigma "Chelas". Todos nós estamos bem cientes do que tem sido esse estigma, é um facto. Mas relativamente aos Olivais, tempos houve em que a semelhança era por demais evidente. Ainda se lembra por ex. da famosa e estigmatizada Rua do Dondo?, o Bairro dos Índios... ou a Quinta do Morgado, ou a das Laranjeiras também não eram zonas nada fáceis.
    Mas, claro, Marvila (ao contrario da freguesia dos Olivais que soube modernizar-se)ainda tem um longo caminho a percorrer.

    Ant Lage

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  7. Na verdade, Marvila e Olivais são duas realidades bem distintas, desde logo devido à sua génese histórico-política. Tal como foi dito, os Olivais foram projectados ainda no Estado Novo, cumprindo as mais apertadas regras de enquadramento urbanísico. Os Olivais tem sido, neste particular, um "case study"a nível internacional. E Marvila?´É outra coisa! Trata-se desde logo, duma freguesia operária, que cedo se viu "invadida" por grandes bairros de habitação social, autênticos "guetos" onde foram (e ainda são) despejadas as pessoas mais pobres da cidade de Lisboa.
    Em suma, Marvila e Olivais são realidades históricas diferentes, desenvolveram-se de forma diversa, são coisas diferentes.
    Como bem se disse anteriormente, o problema de Marvila reside sobretudo na falta de eficácia e de qualidade dos seus responsáveis políticos (Junta de Freguesia, entenda-se). Há muito a fazer na nossa freguesia, desde logo na àrea da requalificação dos espaços públicos e na higiene urbana, na assistência social e na educação, no lazer, desporto e na dinamização cultural... mas não vejo que nada mude com o actual elenco de Belarminos... A vontade do Povo é soberana e, em última instância, é ele -o Povo -, que irá sofrer na pele!
    Miguel Beato

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  8. O António Laje é um rapaz muito distraído. Muito distraído ou mal intencionado.
    CEntro Comercial - O que é o Feira Nova?
    Jardins/espaços verdes - Não há nenhuns em Marvila?
    Quando vai beber umas bejecas aquele espaço que há em Braço de Prata, não passa no Poço do Bispo? E quer mais exemplos? Atrás da sua casa não há jardim nenhum; nos loios não há jardim nenhum* no Condado não há Jardim nenhum? A Bela Vista não cai nessa classificação?
    Quem é o Senhor Miguel Beato e porque não se candidata a Presidente de Junta?
    De fala baratos está o mundo cheio.

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  9. Miguel, Marvila não teve projectos habitacionais que se concretizaram sob influencia habitacional do estado novo?

    Chelas não tem bairros que chegaram a ganhar premios e são um estudo de caso internacional?



    O feira nova é um hipermercado.
    Falei em Jardins , não falei em espaços ou separadores verdes, não vale acrescentar.

    Atrás de minha casa um jardim, era bom era, existe um baldio com 3 arvores e uns jarros que a vizinha pacientemente lá colocou e vai cuidando. Se não fosse ela.. Já percebi a sua defenição de jardim.

    o Problema é que V. confunde Jardim com espaços com relva...

    Você anda-me a seguir ou tambem frequenta a fábrica B. Prata :-)?

    Ant Lage

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  10. Eu detesto alcool e alcoolicos

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  11. Lage: Não discordo em nada do que disseste sobre Marvila, como é obvio.
    Relativamente ao "comentador" que ousou perguntar quem sou e porque não me candidato à Junta de Freguesia, apenas o seguinte: sou um cidadão que reside em Marvila, que no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos acha que o actual executivo desta freguesia nada fez em 4 anos de mandato! Que utilizar o pasquim "Jornal de Marvila" para fazer propaganda barata ... mas à custa dos nossos impostos! E já agora, que o presidente da Junta devia dar lugar a quadros jovens e competentes na gestão da segunda maior freguesia de Lisboa.
    Miguel Beato

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  12. Oresumo que Miguel Beato é um quadro jovem e competente. É verdade?
    Já enviou CV para a JF? E que é dar lugar?
    Na Junta, com o úiltimo executivo, pela primeira vez trabalharam quadros jovens e competentes. Não sabia? Ou o seu nome é um pseudónimo ou ten andado muito afastado....

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  13. Talvez nós andemos um pouco distraídos, sim!... ou apenas alguém nos queira distrair um pouco mais! Seja como for, o Senhor não deixará de me informar sobre o que é que o actual executivo - agora reeleito com maioria absoluta - fez de relevante nos últimos 4 anos, não é?
    ... Prometo que sou todo ouvidos !..

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  14. Pergunte à população de Marvila.

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  15. É-me manifestamente impossível! Não quer dar-me alguns exêmplos? Assim ficamos todos esclarecidos. Que acha?

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  16. O único exemplo é a expressão eleitoral ou continua a pensar que são muitos os acreditam na vossa conversa da treta?
    As pessoas que em Marvila partcipam na vida colectiva são conhecidas, apesar de muitas.
    Por onde tem andado? Para si o grande empenhamento na abertura do centro de Saúde é nada talvez porque o seu paisinho lhe pague um seguro de saúde ou ainda não esteja em idade de valorizar a saúde; a remodelação do D. Dinis, hoje uma das melhores esolas do País, nada lhe diz, claro; a nova escola do Armador nem seuqer existe, apesar da sua excelência; todo o movimento associativo em torno dos congressos da Freguesia e do Conselho Marvilense, várias vezes aplaudido pelo BE, é um disparate. O apoio ao teatro, à musica, ao desporto, a quem mais precisa nada lhes diz.
    E quer mais? Valerá a pena? Vá para a luta de cara aberta, apresente a sua candidatura e afirme os seus valores. Isso custa. Dizer apenas mal das coisas não custa nada e é sinal de ignorância, de falta de respeito, de pretensiosismo e de arrogância. E olhe que isso é chão que deu uvas!

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  17. E no entanto, literalmente no terreno, Marvila está exactamente como à 4 anos. Essa é que é essa!

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  18. Estou esclarecido! Em homenagem a si e à obra erguida nesta freguesia dedico-lhe "Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado". Substitua Portugal por Marvila, se não for incómodo! Obrigado! Vamos lá então...

    "Esta é a ditosa pátria minha amada. Não. Nem é ditosa, porque o não merece. Nem minha amada, porque é só madrasta. Nem pátria minha, porque eu não mereço a pouca sorte de nascido nela. Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta quanto esse arroto de passadas glórias. Amigos meus mais caros tenho nela, saudosamente nela, mas amigos são por serem meus amigos, e mais nada. Torpe dejecto de romano império; babugem de invasões; salsugem porca de esgoto atlântico; irrisória face de lama, de cobiça, e de vileza, de mesquinhez, de fatua ignorância; terra de escravos, cu pró ar ouvindo ranger no nevoeiro a nau do Encoberto; terra de funcionários e de prostitutas, devotos todos do milagre, castos nas horas vagas de doença oculta; terra de heróis a peso de ouro e sangue, e santos com balcão de secos e molhados no fundo da virtude; terra triste à luz do sol calada, arrebicada, pulha, cheia de afáveis para os estrangeiros que deixam moedas e transportam pulgas, oh pulgas lusitanas, pela Europa; terra de monumentos em que o povo assina a merda o seu anonimato; terra-museu em que se vive ainda, com porcos pela rua, em casas celtiberas; terra de poetas tão sentimentais que o cheiro de um sovaco os põe em transe; terra de pedras esburgadas, secas como esses sentimentos de oito séculos de roubos e patrões, barões ou condes; ó terra de ninguém, ninguém, ninguém: eu te pertenço. És cabra, és badalhoca, és mais que cachorra pelo cio, és peste e fome e guerra e dor de coração. Eu te pertenço mas seres minha, não!"

    (de Jorge de Sena)

    Respeitosos cumprimentos,
    Miguel Beato

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