CASAS SIM TENDAS NÃO

Faz agora um ano que se conseguiu em Marvila  resolver um dos casos mais dramáticos  que existiam nesta freguesia.

Numa fase difícil da sua vida, houve uma senhora com três crianças que morou num corredor aberto, do r/c de um predio em plena zona J de Chelas. Esse corredor tinha sido tapado por ela com um oleado e assim tinha tornado esse espaço mum pequeno cubículo para (sobre)viver com os filhos. Assim foi durante mais de 2 anos (ver imagem).

Logo que o Bloco de Esquerda tomou conhecimento da situação falou com esta senhora que se queixou do frio e da chuva que lá entrava no Inverno e das melgas e ratos no verão, além do medo ou insegurança por que passava por estar ali, debaixo de um oleado à noite, completamente desprotegida.

O  executivo da Junta  da altura pouco ou nada soube fazer. Eu próprio como Autarca percebi isso.

O Bloco de Esquerda em Marvila, não se deu por vencido. É verdade que  teve VÁRIAS, DIFICEIS E DESAGRADAVEIS INTERVENÇÕES directamente com a responsável pelo pelouro da habitação da C.M. de Lisboa na altura, a conhecida Drª Ana Sara Brito (que se tornou famosa depois da historia da atribuição indevida das casas de habitação social ).

A nossa pressão foi imensa, tornou-se até desagradável para a senhora vereadora (e para nós também!), mas a situação não podia continuar como estava.

Depois de 9 meses de trabalho em conjunto com a senhora que vivia no oleado (que por razões obvias aqui não identifico) a situação avançou, mas dificilmente..  e passo a passo. Mas  o que é facto é que se resolveu e no fim de tudo a senhora agradeceu ao Bloco de Marvila todo o apoio prestado e ainda nos contou  que mora agora numa casa na Picheleira.

Está feliz e fez-se justiça! Quanto à vereadora Ana Sara Brito, ganhámos a sua antipatia, mas isso é uma questão de somenos. Até porque as pessoas passam e as Instituições permanecem.

Apenas 2 notas finais:

A primeira é que tenho todos os documentos que provam o que aqui ficou dito.

A segunda nota é que esta senhora vivia no frio e húmido  oleado com 3 crianças, sendo que a mais nova sofria de problemas respiratórios graves (ver documento infra).

Resumo desta história: não se constrói uma Freguesia solidária olhando "só para o telhado" e assobiando para o lado em situações como a que aqui trazemos.

Tal como lhe disse na altura e volto a repetir agora:

Tenha um óptimo Natal Srª  P..... e respectivos filhos!

António Lage