Já todos nós interiorizámos que o ano de 2011 será um ano difícil. Mas será que temos consciência de tudo o que, de facto, ai vem?
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O desemprego está a níveis como há muitos anos não se via e, tudo indica, vai agravar-se ainda mais. Haverá um aumento da inflação (vulgo aumento dos preços) e como se não bastasse temos também uma redução nos salários (Função Pública). Os impostos agravam-se e nem as taxas (para a S. Social) quer dos precários (recibos verdes) quer dos empregados por conta outrem escapam. O país começa a dar como inevitável a vinda do FMI e há até prestigiados economistas que entendem que isso será o melhor que nos vai acontecer. Dizem eles que o país vai assim acalmar os mercados e ganhar o tempo q.b. para se recompor. Pergunta-se: com que custos e sofrimento para os mesmos de sempre? Que garantias temos do sucesso das medidas?
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O quadro é desanimador, pior ainda, é assustador. Para agravar ainda mais a situação, e como se não bastasse o dito até aqui, o país vai assistir ao disparo do preço do petróleo e outras commodities. Isto porque ao contrário do que alguma gente pensa, a economia mundial vai bem e recomenda-se, voltou já ao crescimento a que estava antes da crise do subprime (os 4 motores: Alemanha 3,5%; China 10; EUA 2,5; Japão 2,5 reviram em alta). Só as economias periféricas, nomeadamente Portugal, estão metidas em grandes sarilhos.
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É esta então a nova bomba relógio que nos irá estoirar nas mãos quando menos precisávamos dela; ou seja, no apogeu da austeridade, e com Portugal a definhar com os efeitos recessivos impostos ao país, esbarramos contra o novo e insustentável (para nós) preço do ouro negro.
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Aguentamos a travessia? Se ainda acha que sim, então passamos à fase seguinte, ou seja, após os PEC´s + o FMI + o aumento do petróleo, chegaremos (?), lá mais para a frente, à etapa derradeira consubstanciada no mais que certo aumento das taxas de juro pelo banco central. Enfim…
Com isto tudo no horizonte, desejar um bom ano para todos nós deixa até um certo travo amargo na boca. Mas ainda assim cá vai: Que o ano de 2011 seja tão mau como o de 2010!
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