quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Não permitiremos a divisão de Marvila através de um "muro separador"



    O Governo Português em conjunto com a C. Munícipal de Lisboa , corroborados ainda  pelo silencio da Junta de Freguesia de Marvila (PS) preparam-se para dividir a  nossa Freguesia em 2 partes. De um lado ficará, em condominios fechados, a nova e superluxuosa zona ribeirinha de Marvila.  Do outro lado toda a zona de chelas e os seus 10 bairros sociais. De um lado uma zona com vista para o rio, espaços verdes, passeios lindissimos, preenchidos com vivendas excêntricas e torres sofesticadissimas onde o valor minimo de cada casa ronda o milhão de euros (200 mil contos). Do outro lado aquilo que sabemos, ou seja, ficamos nós todos, actuais moradores.
No sentido de criar uma espécie de muro invisível para separar as duas áreas , será removida a rotunda e a estátua  alusiva ao 25 abril que se encontram junto ao poço do bispo. A estrada que segue em direcção à expo vinda de santa Apolónia (rua da cintura) passará a ser secundária, tendo apenas por objectivo servir os novos e muito bem abonados moradores. Esta medida obrigará o transito  na zona a fazer-se na totalidade pela Infante Dom Henrique que faz ligação ao Baptista Russo pelas traseiras do Vale Formoso.
A junção de todo esse transito a circular em paralelo à nova linha de TGV e à  antiga linha de comboios criará uma zona tampão, separando assim  as duas áreas. No fundo   uma espécie de muro separador  que inviabiliza a comunicação entre toda a zona de Chelas e essa nova zona luxuosa.
Ora, o Bloco de Marvila, entende que a Freguesia é de todos, não concorda que hajam espaços públicos exclusivos  e afirma-se totalmente contra os condomínios privados em Marvila. Os moradores da freguesia tem também direito ao rio e a usufruir de uma boa qualidade de vida e dos bons espaços públicos ou zonas verdes..
Por isso Solicita que a população esteja atenta aos projectos para a zona ribeirinha e que não se deixe levar por esta divisão da freguesia, onde de um lado ficaria uma elite, fechada sobre  espaços luxuosos e de belas vistas  e por outro lado ficaria-mos nós todos impossibilitados de usufruir  esse mesmo espaço.
Diga não a condomínios fechados em Marvila.
                                                                                                                                    António Lage

8 comentários:

  1. Sr. António Lage,

    Tem razão quando "fala" na existência de zonas de habitação social em Marvila, mas não é verdade que se possa afirmar que existem 10 bairros sociais em Marvila.

    Em Marvila, existem bairros onde os fogos já foram alienados aos respectivos moradores, como tal, não podendo ser considerados como sociais na sua totalidade.

    Um Bairro Social é efectivamente social, quando o é na sua totalidade, facto que já não se verifica presentemente, am alguns bairros de Marvila.


    No caso dos Bairro dos Lóios, construído na base da habitação social, com o passar do tempo, muitas das respectivas habitações foram sendo alienadas aos moradores e por conseguinte, nessa mesma zona, existe um misto de habitação própria, pertencente aos que adquiriram as suas casas e a habitação social que ainda continua na posse do IHRU.

    No Bairro das Amendoeiras, no seguimento da luta dos respectivos moradores contra a Fundação D. Pedro IV e a sua luta pela aquisição das respectivas casas, os mesmos moradores têm vindo a adquirir as suas habitações sociais ao IHRU.

    Se formos por exemplo à página da Gebalis, verifica-se que no Bairro da Flamenga, o número de fogos existentes, é superior ao número de fogos geridos pela Gebalis, sendo que o mesmo se verifica no Bairro do Armador, o que significa que muito provavelmente, uma determinada parcela dos fogos desses bairros já foram alienados aos respectivos moradores.

    Ainda existem pessoas que erradamente se referem a Marvila como uma zona onde somente existe habitação social, mas é um erro de análise geral.

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  2. Sr. António Lage,

    Tem razão quando "fala" na existência de zonas de habitação social em Marvila, mas não é verdade que se possa afirmar que existem 10 bairros sociais em Marvila.

    Em Marvila, existem bairros onde os fogos já foram alienados aos respectivos moradores, como tal, não podendo ser considerados como sociais na sua totalidade.

    Um Bairro Social é efectivamente social, quando o é na sua totalidade, facto que já não se verifica presentemente, em alguns bairros de Marvila.


    No caso do Bairro dos Lóios, construído na base da habitação social, com o passar do tempo, muitas das respectivas habitações foram sendo alienadas aos moradores e por conseguinte, nessa mesma zona, existe um misto de habitação própria, pertencente aos que adquiriram as suas casas e a habitação social que ainda continua na posse do IHRU.

    No Bairro das Amendoeiras, no seguimento da luta dos respectivos moradores contra a Fundação D. Pedro IV e a sua luta pela aquisição das respectivas casas, os mesmos moradores têm vindo a adquirir as suas habitações sociais ao IHRU.

    Se formos por exemplo à página da Gebalis, verifica-se que no Bairro da Flamenga, o número de fogos existentes, é superior ao número de fogos geridos pela Gebalis, sendo que o mesmo se verifica no Bairro do Armador, o que significa que muito provavelmente, uma determinada parcela dos fogos desses bairros já foram alienados aos respectivos moradores.

    Ainda existem pessoas que erradamente se referem a Marvila como uma zona onde somente existe habitação social, mas é um erro de análise geral.

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  3. Mas alguem pensa que o Srº António Lage sabe do que fala?

    Assim se vive neste país.

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  4. E quanto ao assunto central dest post o que lhes oferece dizer?


    António Lage

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  5. Eu cá digo NÃO!! Dividir Marvila não, multiplicar as zonas verdes e recreativas sim, mas para TODOS!

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  6. O que me apetece dizer?
    Posso?
    Aceita as consequências?

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  7. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  8. Não fuja às questões amig@, diga o que lhe apetece sim, sobre o assunto central deste post. O único assunto que nos traz aqui. Vá lá, a sua opinião (sobre o assunto) conta

    António Lage

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