segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Escândalo nacional


Por um lado medidas draconianas aos cidadãos que a tudo se submetem, por  outro lado o aumento anunciado dos lucros do BPI e BES, respectivamente em 11,8% e 14,6% e a perspectiva de um aumento de lucros do BCP de 12,5% em relação ao ano passado e que fazem deste assunto  um verdadeiro escândalo nacional.
Contudo houve um banco que o ano passado ainda cresceu muito mais que os acima referidos. De facto, foi o Banco alimentar contra a fome..

7 comentários:

  1. O ocaso de Francisco Louçã
    Quando ouvi Louçã comentar os resultados dos testes de ‘stress’ à banca portuguesa conclui que o líder do BE está em baixa de forma, concluir que "Não podemos aceitar um sistema financeiro que não pague impostos e que prejudique a economia do país, precisamos de uma democracia que não seja subordinada e o sistema dos impostos tem de ser justo", faz-nos pensar que Louçã teria ficado mais feliz se a banca estivesse à beira da falência.
    Apesar de ter sido um dos vencedores das últimas legislativas Francisco Louçã sofreu um golpe imperdoável a um qualquer líder comunista, foi derrotado num debate eleitoral com José Sócrates. Desde então Louçã tem um único objectivo, destruir politicamente José Sócrates para recuperar a sua dignidade política, mesmo que isso implique alianças parlamentares com a direita. O mesmo líder que agora diz que a banca está de boa saúde por não pagar impostos é aquele que há poucos meses ajudou a direita a suspender a aplicação do novo código contributivo. A combinação do bom resultado eleitoral do Bloco de Esquerda com a humilhação sofrida no debate com Sócrates transformou Louçã, deixou de permitir protagonismo a segundas figuras, incluindo as que ajudaram o BE a subir, como Joana Amaral Dias, o brilhantismo ideológico de um glorioso líder não pode ser ensombrado, muito menos quando é a beleza feminina a secundarizar a sua grande inteligência.

    O BE é cada vez mais Francisco Louçã e o seu culto da personalidade e desde que se julga o líder de um “grande partido” perdeu qualidades, as suas piadas deixaram de ter graça, os seus objectivos ideológicos sobrepõem-se à receita da “esquerda moderna” que tanto o ajudou na criação de um disfarce ideológico que permitiu ao BE transformar velhos maoístas, estalinistas e trotskistas em debutantes do baile político português.

    A fixação de Louçã na destruição de Sócrates e a arrogância com que se passou a exibir desde que ultrapassou PCP não lhe fizeram nada bem, perdeu qualidades, retirou de cena caras que o ajudaram a subir, assumiu um discurso comunista e conservador, levou-o a alianças com a direita chegando ao ponto de ter embarcado na vingança de Manuela Ferreira Leite que se traduziu na comissão de inquérito.

    À esquerda Louçã tenta destruir o PS com uma candidatura presidencial que lhe é estranha e na qual uma boa parte do BE não se revê, à direita tem a concorrência de um liberal com bom aspecto que lhe retira apoios nos rebentos da classe média. Não admira que o BE desça nas sondagens, Louçã deixou de ser o jovem irrequieto e de bom humor para passar a ser o velho comunista que promove o culto da personalidade, as jovens Joana Amaral Dias e Ana Drago deram lugar aos velhos Semedos, o perfume da “esquerda moderna” deixou de seduzir os jovens corretores e analistas financeiros, a crise mostrou que o BE não está interessado em soluções mas sim na continuação da própria crise.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Nota: a mensagem anterior foi removida por erro de edição.

    Não concordamos com a sua opinião porquê? Vejamos:

    - Há uma certa contradição quando afirma que Francisco Louçã "foi derrotado no debate eleitoral com José Sócrate" para depois reconhecer o "bom resultado eleitoral do Bloco de Esquerda" nas últimas eleições legislativas.

    - Se as sondagens de opinião nos podem revelar algo sobre a opção de voto dos portugueses num certo momento, elas revelam precisamente o contrário (parece não existir erosão de voto à esquerda do PS e o Bloco não derrapa, mantendo o seu score à beira dos 10%).

    - Refere: "o mesmo líder que agora diz que a banca está de boa saúde por não pagar impostos é aquele que há poucos meses ajudou a direita a suspender a aplicação do novo código contributivo". Há aqui um pequeno lapso, não foi apenas a Direita que votou a suspensão do Código Contributivo mas todos os partidos com assento no parlamento, à excepção do PS, claro! Pergunta-se: porque terá sido? Leia-o e verá que iria agravar os descontos dos trabalhadores independentes (reprecursões para os trabalhadores a falsos recibos verdes), bem como para os pequenos e médios empresários. Junte a essa receita a crise actual e conclua por si.

    - Quanto à alegada "fixação de Louçã na destruição de Sócrates", parece natural ou não? Quem tem sido o paladino das políticas neo-liberais em Portugal nos últimos 15 anos (com interregno de 3 anos que são de responsabilidade exclusiva do PSD)? Quem nos quer conduzir ao abismo não pode reclamar gestos de solidariedade ou pode?

    -Quanto ao facto de "Louçã tenta[r] destruir o PS com uma candidatura presidencial que lhe é estranha", pergunta-se: essa candidatura é estranha a quem? Quem a vê como uma cruz a suportar a caminho do calvário? Certamente o PS. O Bloco logo lhe manifestou o seu apoio. Trata-se apenas de coerência política.

    - Afirma também que "a crise mostrou que o BE não está interessado em soluções mas sim na continuação da própria crise". Isso não é verdade. O Bloco tem-se esforçado por apresentar soluções alternativas exequíveis (vide, "15 medidas para uma economia decente" - ver link ao lado).Não se enquadram na vulgata neo-liberal em curso? Temos pena.

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  4. O comentário anterior evidencia uma ideia, um proposito e uma prática: a aliança do bloco com a direita.
    Discutem politica a partir da fulanização e falam de coerencia politica como, se alguma vez, tivesse existido coerencia politica no bloco e este não fosse o resultado de uma estrategia de marketing para que Louçã tivesse alguma visibilidade.
    Já se esqueceram da LCI, do PRP e afins?
    Louçã está há quse 40 anos no poder e não permite que possa ser subsituído. Esta é uma diferença entre partidos que pratcicam a democracia e os que não a praticam: nos 1ºs há eleições regulares, várias sensibilidades mostram a sua vontade e ganha quem os tem mais votos dos seus militantes; nos segundos há um prolongar indefinido no tempo.

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  5. Anónimo nº1 a refutação da sua ideia inicial é facil de fazer e arruma-se com esta bela expressão de Mark Twain
    " As noticias que dão conta da minha morte são manifestamente exageradas!"..

    Os comícios de Francisco Louça e os outros deputados pelo país estão cheinhos. acredite.

    Quanto à expressão "Louçã está há quase 40 anos no poder" também me parece manifestamente irreal. Ora analise lá a sua bujarda..

    AL

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  6. O anónimo afirma convictamente "Louçã está há quase 40 anos no poder e não permite que possa ser subsituído".
    Não percebemos: No "poder"?.. Há quase 40 anos?!. Não pode ser mesmo substituído"?! Convenhamos que podemos tentar enganar alguns durante algum tempo ou muitos durante muito tempo, mas não é nada, nada fácil enganar todos durante todo o tempo, não é?
    Vejo por isso que desconhece os estatutos e a prática do Bloco de Esquerda. Leia os estatutos do Bloco (link do "portal do Bloco", à direita) e ficará completamente elucidado.
    Agora, coisa diferente é a vontade esclarecida dos aderentes do Bloco e contra a vontade popular há pouco a fazer. É a beleza da democracia, caro amigo !

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  7. O Salazar também argumentava nos mesmos termos. Só que, mesmo assim, talvez Louçã dure mais tempo. Cada um tem os salazarismos que quer. E que lhes faça bom proveito.

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