Autor: Banksy.
A propósito do artigo de Jérôme Duval, Damien Millet e Sophie Perchellet (Esquerda.net) sobre a diminuição dos direitos laborais dos cidadãos europeus, deixo aqui a história paradigmática de Huang Dinqin, publicada no Courrier deste mês:
"Huang Dingqin nunca conheceu a riqueza. Nascida na província de Shaanxi (no norte da China), mudou-se com o marido para Fujiang (na costa sudoeste). Aí conseguiu fundar uma família, mas nunca saiu da miséria. E tinha grandes problemas: por causa de um acidente de trabalho, estava a ver cada vez pior, mas não ousava pedir uma indemnização à fábrica onde trabalhava.
Repetidamente tinha pedido um aumento de cinco yuans (cerca de 50 cêntimos) para que o seu salário fosse igual aos dos outros colegas que tinham as mesmas funções que ela. Mas os seus pedidos foram sempre recusados e acabou por ser despedida.
"Huang Dingqin nunca conheceu a riqueza. Nascida na província de Shaanxi (no norte da China), mudou-se com o marido para Fujiang (na costa sudoeste). Aí conseguiu fundar uma família, mas nunca saiu da miséria. E tinha grandes problemas: por causa de um acidente de trabalho, estava a ver cada vez pior, mas não ousava pedir uma indemnização à fábrica onde trabalhava.
Repetidamente tinha pedido um aumento de cinco yuans (cerca de 50 cêntimos) para que o seu salário fosse igual aos dos outros colegas que tinham as mesmas funções que ela. Mas os seus pedidos foram sempre recusados e acabou por ser despedida.
Apesar de despedida, huang Dinqin continuou a ir trabalhar. Tiraram-lhe a carteira, mas ela passou a levar uma de casa e continuou a trabalhar sem acreditar que seria possível não lhe pagarem. Esta mulher de 42 anos, mãe de dois filhos, sustento da família, esperava copnseguir inverter o desfecho desfavorável. Era penoso vê-la, mas a sua actitude mantinha-se inalterável. Até que a fábrica acabou por chamar a polícia e apresentar queixa dela em tribunal.
Na manhã de 3 de Abril foi com espírito determinado que subiu até ao segundo andar dum edifício local. Poucos segundos depois lançava-se de uma janela."
In Courrier Internacional, n.º 172. Junho 2010.
Uma pergunta apenas: É este progresso de pretendemos?
MB
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