sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sem tostão nem futuro.
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De acordo com o Tribunal de Contas, o Governo de José Sócrates aplicou desta maneira os 2.2 mil milhões de euros afectos ao combate à crise: 61% para a banca, 36% para as empresas e 1% para o apoio ao emprego. Esta distribuição é tão justa e tem surtido tanto efeito que Portugal é hoje o país mais desigual da União Europeia e um dos mais desiguais da OCDE. Na opinião de Ricardo Pais Mamede trata-se de uma profecia que se autorealiza, perpetuando uma sociedade indecente e uma economia sem futuro. Nenhuma agenda de modernização do país pode passar ao lado deste problema, que é, pelo menos, tanto causa como consequência do nosso subdesenvolvimento económico, social e cultural.
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7 comentários:

  1. 4 assuntos: a mafia BPN, os bispos escandalizados, os impostos que nos roubam e as trajectórias erradas.
    Pedindo desculpa aos meus leitores, como é fácil de ver, não tenho tido um minuto para me dedicar a esta que é uma das actividades de que mais gosto.
    Esta semana passaram-se provavelmente mais indignidades neste país do que nos últimos 12 meses somados, mas não há disponibilidade.
    Apenas referir que só num país distraído como este o povo continua a encolher os ombros a todas as mafias que continuam a trabalhar às claras.

    1 - O caso BPN é perfeitamente emblemático.
    Cada português vai pagar 2000 euros por algo que Teixeira dos Santos garantia que não pesaria nada nos bolsos do contribuinte.
    Tinha razão. Nós é que não o entendemos.
    De facto, quando se tira dinheiro dos bolsos tira-se peso. Não se acrescenta.
    E TS farta-se de nos aliviar desse carrego.

    O Conselheiro de Estado Dias Loureiro desapareceu em Cabo Verde e Oliveira e Costa vai ser o Bibi da banca, salvando a face aos demais 500 mega-mafiosi que nesse mundo enriquecem a cada dia que passa.
    É isto Portugal.
    A isto foi reduzido este país.
    Foi para se disfarçarem crimes destes que os meus filhos ficaram sem abono de família. E eu ficarei sem 10% do ordenado a partir de Janeiro.

    2 - Provavelmente mais notável que isto é o facto de o clero começar a avisar a navegação que em pouco tempo haverá revolta popular!
    Até os bispos pasmam com a passividade deste povo que tudo permite e a tudo se submete.
    Enquanto pela Europa civilizada as populações protestam em greves gerais - na Grécia já vai na 8ª - porque consideram que não têm culpa nenhuma do assalto dos capos do poder à economia, em Portugal o passatempo nacional continua a ser o encolher de ombros.
    Chega-se à suprema indignidade de Pais verem os filhos com fome e mesmo assim encolhem os ombros.

    3 - simultaneamente, ao nosso lado, vêm-se redes sociais perfeitamente identificadas a conduzir carros de alta cilindrada, construindo "casas" em cima de passeios públicos, atirando com os filhos para a escola, de tempos a tempos, com a única finalidade de continuarem a receber os múltiplos rendimentos mínimos de inserção, pagos com os impostos de quem trabalha, de quem tem cartas de condução verdadeiras, de quem paga seguros e não vende droga nem roupa contrafeita.
    Os impostos que o estado nos esmifra (a quem os paga) vai direitinho para o buraco negro público e para dar a quem os usa para as suas actividades criminosas. Veja-se a notícia das duas mulheres apanhadas a vender droga, no concelho de Seia, que mais não faziam do que manter o negócio tradicional da família já que os maridos estão presos pela mesma actividade. Todos continuam a receber os RSI. E o povo encolhe os ombros enquanto os filhos continuam a ir comprar droga aos acampamentos. Agora aos filhos dos vendedores. E depois aos netos.

    4 - Esta classe política tem mostrado tanta perspicácia na condução deste país como discernimento tem mostrado o povo ao seguir, sempre sem questionar, esses caminhos.
    Uma prática comum no antigo far west americano, levada a cabo pelos cowboys, era abater o lider da manada quando este teimava recusar o caminho apontado pelos vaqueiros.
    Caminhos errados levariam toda a manada a zonas sem saída, sem pasto e sem água. Ou seja: à morte inevitavel. Por isso, se os vaqueiros não conseguiam corrigir o rumo do lider teimoso, o abate era a última alternativa. Imediatamente esse lider era substituído por outro que já não se recusava a seguir o caminho correcto.

    Em Portugal os cow boys tardam a chegar. Ninguém corrige a trajectória do líder.

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  2. Será escusado dizer que concordamos com o seu ponto de vista.
    Acontece que na sociedade actual a Democracia constroi-se também (e cada vez mais) aqui na Internet. Por isso o seu contributo foi (é) mportante.

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  3. Também concordam com o ponto 3?
    Ou não entendem que é um ataque racista?

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  4. Algumas situações descritas no ponto 3 estão em consonância com o pensamento do presidente da junta de freguesia, ver opinião escrita num jornal pertença da junta, e nessa altura não causou engulhos? Para falar verdadinha essa gente com os subsidios é muito útil nos atos eleitorais, não é verdade.

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  5. O rendimento de inserção visa auxiliar os que, numa dada fase da sua vida a ele recorrem. Se o problema tem a ver com fiscalização melhore-se a fiscalização. Outra coisa bem diferente é acabar com este apoio.

    AL

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  6. Vocês são dementes. E são pagos para dizer asneiras.
    Só assim podem concordar com o ponto nº 3 do comentário.

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  7. Se houvesse fiscalização eficiente dos dinheiros publicos lá estava o AL nas lonas e não com os dois e tal euros que ereceb da CML e que são uma ofensa aos trabalhadores da CMM

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