«(...) os ricos são diferentes de mim e de si: têm mais influência. Em parte é uma questão de contribuições para as campanhas, mas também está aqui em causa uma certa pressão social, já que os ricos passam muito tempo na companhia dos políticos. Assim, quando aqueles enfrentam o perigo de ter de pagar mais 3% ou 4% do seu rendimento em impostos, os políticos sentem o seu sofrimento - sentem-no com uma agudeza muito maior que o das famílias dos desempregados, dos que ficam sem as casas e vivem sem esperança.
Seja como for, quando a luta fiscal terminar, pode ter a certeza que as pessoas que actualmente defendem os rendimentos das elites vão voltar a exigir cortes nas ajudas aos desempregados. A América enfrenta escolhas difíceis, hão-de dizer; todos temos de fazer sacrifícios. Mas quando disserem "todos" o que querem dizer é "você". Os sacrifícios são para os pequenos.»
Paul Krugman, prémio Nóbel da Economia 2008.
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