quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A Imprensa escrita nas autárquicas

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A (lastimável) imprensa escrita no tratamento das autárquicas.

Não pôde o Bloco de Esquerda em Marvila deixar de deparar-se com o facto lastimável de parte da imprensa escrita portuguesa, nomeadamente os jornais SOL, Diário de Noticias e Correio da Manhã, terem dado um tratamento desfavorável e de exclusão ao Bloco de Esquerda na campanha autárquica. Esta é a opinião do Bloco de Esquerda de Marvila, uma das principais freguesias de Lisboa.
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Não temos dúvidas em afirmar que o tratamento que o Sr. João Marcelino, director do DN, deu nas páginas dedicadas às Autárquicas 09, desde o dia 1 de Outubro até o último dia de campanha, favoreceu incomensuravelmente a divulgação das campanhas do Partido Socialista e do Partido Social Democrata. Enfim, o Vulgo CENTRÃO.
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Ele era chamadas de capa num dia para a direita do “centrão”: o PSD. Ele era chamadas de capa no dia seguinte para a esquerda do “centrão”: o PS. Lá dentro entrevistas de três paginas inteiras e seguidas a Rui Rio, Elisa Ferreira, António Costa, P. Santana Lopes. Era o “centrão” na ribalta, todos os dias, sem excepção.

E quanto ao Bloco de esquerda? Uma mão cheia de nada. Uma noticia no primeiro dia de campanha e outra no último. Nada mais. Pior ainda, NOTICIAS SOBRE O BLOCO DE ESQUERDA na capital não houve nem uma. Zero, Sr. João Marcelino, “niente”! Uma vergonha! E não obstante, nas leleições egislativas o Bloco acabara de ter meio milhão de votos. Mas isso para o Sr. Marcelino e para o seu Diário de Noticias não contava para nada. Em termos de divulgação da campanha Autárquica, o Bloco foi esquecido pelas opções que movem ou fazem mover o Sr. João Marcelino e a sua linha editorial.
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Uma pequenina caixa, quase invisível, por dia.
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Mas também o tratamento dado pelo Jornal Correio da Manhã durante a campanha foi de substimação do Bloco. O Director desse Jornal, o Sr. Octávio Ribeiro, aceitou que no seu jornal, nesse período e nas páginas sobre as autárquicas, o Bloco fosse uma força que ficava lá bem no fundo, lá bem no “cantinho", numa minúscula e quase despercebida caixinha que destoava, pois claro, do restante conteúdo da página, esse sim, todo ocupado pelos candidatos do “centrão”, acompanhado de títulos apresentados a letras garrafais e dignas de encher o olho. Uma discrepância manifestamente exagerada no tratamento da campanha.

Uma referência final para o Semanário SOL, que nas suas duas edições deste período também não deu uma única noticia sobre a campanha do Bloco de Esquerda. O Director José António Saraiva, que outrora enchia o peito dizendo que o seu jornal iria ser mais de 70% dedicado à política, não gastou uma única linha de tinta com o Bloco de Esquerda. Também neste caso só deu “centrão”.
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De referir que só estes três jornais chegam a quase 200 mil (e)leitores. E ao menos por isso deviam ser um pouco mais responsáveis, para não dizer democráticos, no tratamento das diversas forças políticas na luta autárquica. O que não tenho dúvidas é que acabaram em parte por prejudicar algumas delas, nomeadamente o Bloco. O quanto, ficará por apurar lastimavelmente!..

Nota: Outros jornais houve que tiveram um comportamento exemplar e recomendável.
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António Lage

1 comentário:

  1. Pois, são uns ingratos.
    Que bem passaria uma entrevista ao líder dos bloquistas em Marvila!

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