Em entrevista ao Jornal I, Ferraz da Costa, presidente do Fórum para a Competitividade, defende um corte de 20 pontos percentuais na Taxa Social Única (muito acima dos 4 pontos inscritos no programa eleitoral do PSD). Para compensar esta descida o ex-presidente da CIP propõe uma redução drástica dos produtos taxados a 6%, justificando que "devemos tributar mais o consumo porque a propensão para consumir das famílias portuguesas é a mais elevada da zona euro. Temos uma percentagem de consumo no PIB que ronda os 68%, superior à dos Estados Unidos". O descaramento não tem limites. Para além da injustiça que representa a própria redução da TSU (matéria já abordada aqui), registe-se que esta proposta viria penalizar sobretudo as famílias com menores recursos. Todavia, é estranho que o mesmo não se pronuncie com igual firmeza relativamente à necessidade de redução dos custos de contexto das empresas (ex.: electricidade, combustíveis, comunicações, etc.), bem como os decorrentes do financiamento bancário (a abertura de linhas de crédito como contrapartida do acesso pela banca aos montantes da troika). Ora, o que sabermos é que estas contribuições pesam muito pouco nos custos das empresas, representando, em contrapartida, custos sociais enormes. Um facto que resulta desde logo evidente no gráfico que apresentamos (Fonte: Público).
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