"Não temos o mal menor, neste momento [PSD,PS e PP] só nos propõem o mal pior"
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Comício em Santa Maria da Feira. Casa cheia. Francisco Louça propõe que se imagine «o João e a Maria, que estão ambos desempregados, têm muitos filhos, não têm dinheiro para pagar as dívidas, encontram um político manhoso. Que lhes diz ‘ponham um bode na sala’. Eles põem, mas um mês depois têm os mesmos problemas e estão desesperados: o bode cheira mal, assusta as crianças e come os cortinados. ‘O que é que havemos de fazer agora’, perguntam o João e a Maria. E o político manhoso responde-lhes: tenho a solução, tirem o bode da sala». É a teoria do ganho do mal menor. «É assim um político manhoso do outro lado do Atlântico», concluiu Louçã, porque se for do lado de cá a história é pior: «Não temos o mal menor, neste momento só nos propõem o mal pior» - o «empobrecimento», a «recessão». «Habituem-se a viver com o mal pior. São assim os políticos manhosos deste lado», afirmou Louçã.
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O coordenador nacional sublinhou algumas razões para votar Bloco no próximo domingo: A primeira dirige-se aos jovens abstencionistas: «Se a abstenção ajudasse o país já teríamos uma solução. Três portugueses em cada quatro não votaram em José Sócrates para ele ir para o governo. Não se abster é uma exigência para todos os jovens». A segunda é muito clara: este PS «não merece o voto das gentes da esquerda». Enquanto que outros partidos defendem que Portugal «não tem outro caminho», o BE não acolhe a ideia de que a economia tem de empobrecer. É a terceira razão. O motivo final dirige-se aos socialistas que estão desiludidos e a todos aqueles que não sendo votantes do PS, receiam o cardápio das medidas neo-liberais de Passos Coelho.
No final uma pergunta concreta: «Que extremismo leva José Sócrates a dizer ‘eu quero para Portugal um juro maior do que aquele que arruinou a Grécia’?».
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