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Subitamente, numa Primavera e num Verão passados, desde Abril de 1974 até Novembro de 1975, de um dia 25 a outro (mais pesado) 25, um golpe de Estado desembocou rapidamente em Revolução e os momentos revolucionários atravessaram o país nas ruas e nos cafés, nas escolas, nas fábricas, nos campos. Foram, como em todas as revoluções, tempos de irrupção de ideias e de formas de conceber a mudança e tentar levar as utopias à prática. Jamais as artes poderiam estar fora destas catarses sociais e colectivas. No caso do 25 de Abril e do período que imediatamente se lhe seguiu também o cinema registou as tensões entre teoria e prática, entre diferentes visões do mundo que se opuseram. O cinema foi, naturalmente, testemunha dessa tentativa de construção de uma nova vida colectiva. E é um ciclo de cinema que a Cultra agora propõe neste início de Verão, quente sim, de uma forma bem diversa de 1975. A partir de 29 de Junho e até 21 de Julho, numa organização conjunta da Cultra com o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra e a Casa do Brasil, poderemos (re)visitar diferentes olhares do cinema sobre a Revolução dos Cravos. Já a 29 o ciclo abre com «Torre Bela», de Thomas Harlan. Na Casa do Brasil (Rua Luz Soriano, 42, em Lisboa), às 21h.
As memórias da revolução no cinema: programa .
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