7. O Expresso sabe, também, que em casos muito excepcionais, há notícias que mereciam ser publicadas em lugar de destaque, mas que não devem ser referidas, não por auto-censura ou censura interna, mas porque a sua divulgação seria eventualmente nociva ao interesse nacional. O jornal reserva-se, como é óbvio, o direito de definir, caso a caso, a aplicação deste critério.
Estatuto editorial do Expresso
O Estatuto Editorial do Expresso recém publicado assumiu como clara opção a auto-censura. Infelizmente sabemos como a auto-censura é quase sempre legitimada por um qualquer "interesse superior" obscuro. Em que consiste esse interesse superior? Quem tem legitimidade para o definir? Nada se diz a este respeito. Nada ficamos pois a saber. O que sabemos é que doravante o Expresso assume a excepção como regra.
Relatar os factos de forma objectiva, isenta, imparcial, sem compromissos nem cedências a outros interesses que não a descoberta da verdade, isso sim, é um interesse superior.
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