quinta-feira, 9 de junho de 2011

Cantas bem mas não alegras


"A Reestruturação da dívida será inevitável". A afirmação é de João Cantiga Esteves, catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e personagem próxima da actual liderança do PSD.  ouvir aqui  

Portugal vai ter que reestruturar a dívida pública depois de cumprir com sucesso o acordo com a troika e de voltar a registar crescimento económico, antevê o economista João Cantiga Esteves, professor no ISEG, em declarações difundidas esta sexta-feira pela rádio Antena 1.

"Os valores da dívida são de tal forma elevados e, estando a crescer, Portugal não vai ter capacidade para pagar. Por isso, será inevitável a reestruturação da dívida pública, lá para 2014". Embora considerando prematuro Portugal colocar já o tema sobre a mesa, Cantiga Esteves afirma que a solução passa, a médio prazo, pela renegociação dos prazos do empréstimo, sendo inevitável também um corte de capital.

Mais um peso-pesado a acrescentar à lista dos que defendem a restruturação (renegociação) como solução mais ajustada á situação portuguesa. O "Aventar" publica a este propósito uma curiosa lista (não exaustiva) das figuras que se pronunciaram já abertamente a favor desta solução, a qual continua em construção. Alguns exêmplos:

Bloco de Esquerda.
Partido Comunista Português.
Boaventura Sousa Santos, sociólogo, professor universitário.
António Nogueira Leite, dirigente do PSD, economista.
Thomas Mayer, economista-chefe do Deutsche Bank.
Alberto Garzón Espinosa, Conselho Científico da ATTAC Espanha.
Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia.
And last but not least, a própria Alemanha (por ora somente para a Grécia).

Uma das ideias centrais do programa bloquista, a necessidade de restruturar a dívida como solução para evitar o "calote" do Estado e de melhor assegurar o pagamento aos credores, vai assim fazendo caminho, paulatinamente. Mais uma vez Louçã teve razão ... porém cedo de mais. 

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