Acontece que uma parte da população prisional que exerce actividades como limpeza de instalações, lavandaria, cozinhas ou jardins, que recebe cerca de dois euros por dia, também é considerada "empregada", sabendo-se que dificilmente estas actividades poderão ser consideradas como "emprego". O assunto já chegou ao parlamento, depois de alguns reclusos terem escrito aos deputados a denunciar a situação. O Bloco de Esquerda fez um requerimento ao ministro da Presidência no qual questiona Pedro Silva Pereira sobre se considera "trabalho efectivo, digno de se considerar emprego, aquele que é efectuado pelos reclusos nos estabelecimentos prisionais em regime de ocupação".
Mas esta não é a única polémica dos Censos 2011. Duas das perguntas que integram o Questionário Familiar foram proibidas pela Comissão Nacional da Protecção de Dados, por considerá-las "sensíveis" e da "vida privada", pelo que o INE se viu forçado a retirá-las dos formulários: "As variáveis em causa não constarão da base de dados do Censos 2011", explica oficialmente o Instituto sobre o assunto. Bom censo precisa-se. Urgentemente.
TERÁ SIDO COM BASE NESTES EMPREGOS DE RECLUSOS, A PROMESSA DO SÓCRATES DE CRIAR 150.000 POSTOS DE TRABALHO? OU ESTARIA A PENSAR ANTECIPADAMENTE QUE ÀMANHÃ AÍ ESTARIAM COMO TRABALHADORES, O SUCATEIRO, O VARA, OS PENEDOS, O PEDRO SOARES, O RENDEIRO, OS RESPONSÁVEIS PELO FREEPORT, PELAS CASINHAS DA COVILHÃ OU OS PROFESSORES DOS EXAMES AOS DOMINGO, COMO ESTA GENTE SE REVELARIA AÍ PRODUTIVA, A GANHAR 2 EUROS POR DIA.
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