As linhas gerais do programa com que Passos Coelho se vai apresentar às próximas eleições (aqui) são mais do que um simples jogo de sombras. Elas escondem algumas escolhas essenciais. Vejamos apenas duas delas:
Um Programa de Estabilização Financeira (PEF) "orientado para (...) o fortalecimento do
sistema financeiro e do tecido empresarial". Não podiam ser mais claras as preocupações do PSD no domínio económico. Apesar da enorme catástrofe social que o país atravessa não são usadas uma vez sequer as palavras "mercado de trabalho", "salário" ou "emprego".
Uma Política de Privatizações que eufemisticamente visa apenas "a racionalização e a adequação
dos respectivos serviços públicos às disponibilidades inerentes à situação
económica e financeira de Portugal". O pretexto ideal para o tão ansiado "Estado Mínimo". A receita passa obviamente pela privatização dos sectores mais rentáveis do Estado (caso da CGD) e pela abertura de outros ainda fechados ao apetite dos privados (saúde, educação e segurança social). Uma tal política irá agravar ainda mais a acessibilidade dos cidadãos aos serviços públicos essenciais.
A derradeira escolha será sempre nossa.
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