Os EUA poderão entrar em incumprimento?
A aritmética parece simples: por cada dólar que gasta o governo federal americano pede emprestados 40 cêntimos. Algumas vozes credenciadas estimam que o esforço de correcção orçamental neste país poderá vir a exigir um corte de 12,8%, mais ou menos o que vai ser necessário no Reino Unido e no Japão, o que representa mais do que o esforço da Grécia, Itália, Espanha ou Portugal, os países periféricos da zona euro que têm estado na linha de fogo dos mercados e dos "analistas" financeiros.
Perante este cenário a agência Standard & Poor's (S&P) afirma que colocará os EUA directamente em "D" (de default) na notação de risco se o país mais poderoso do mundo falhar o pagamento de títulos de tesouro no valor de 30 mil milhões de dólares que vencem a 4 de Agosto. Reviu também a perspectiva de notação do risco da sua dívida - que actualmente está em AAA, a nota mais elevada - para negativa e admitiu a séria probabilidade de baixar a sua notação nos próximos dois anos (Expressoonline).
A irracionalidade tomou conta dos mercados, dizem uns. A especulação está na génese do seu próprio funcionamento, dizem outros. Sejamos sinceros, os mercados nunca foram nem poderão ser racionais. A procura do lucro a qualquer preço é por si uma atitude irracional.
Head Full Of Doubt/Road Full Of Promise
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