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sexta-feira, 29 de julho de 2011
Fernando Ulrich sugeriu que os problemas da banca seriam resolvidos logo que o Estado pagasse a sua "dívida", deixando no ar a ideia de falta de cumprimento do Estado. S
erá mesmo assim?
O que os banqueiros pretendem não é que o Estado seja cumpridor, é que o Estado prescinda dos direitos contratuais dos contratos de crédito para os financiar antecipando o pagamento, Isto é, querem que o Estado compre dinheiro a mais de 3,5% (a nova taxa que nos vaio ser cobrada pela Europa) ou a 5,7% (a taxa anteriormente fixada pela troika) para proceder ao pagamento antecipado de créditos com taxas bem inferiores. Não só os bancos ganhariam milhares de milhões de euros de um dia para o outro, como teriam disponibilidade para voltar a investir no crédito ao consumo, agora, com taxas ainda mais elevadas.
Quando Louçã defendeu o não pagamento e mais tarde a reestruturação da dívida chamaram-lhe louco e ai de quem propusesse uma renegociação do acordo com a troika, seria apelidado de idiota. Mas aligeiradas as medidas por causa da Grécia os banqueiros foram os primeiros a pedir a renegociação com a troika (mas só na parte que lhes interessa) e uma reestruturação (ao contrário) da dívida do Estado à banca portuguesa. Temos agora um BD dirigido pelo senhor Fernando Ulrich (quando acabar as duas cadeiras que lhe faltam tratá-lo-ei por dr, até lá tem menos habilitações do que a geração que ajudou a enrascar), só que este BD tanto pode querer dizer Bloco de Direita, como pode ser interpretado como Banda Desenhada pois os argumentos do banqueiro parecem saídos da boca do vendedor de peixe dos livros do Asterix.
Imaginem que Fernando Ulrich sugerisse aos clientes do BPI que fizeram contratos de crédito à habitação quando as taxas eram baixas que antecipassem o pagamento dos créditos para que o banco se pudesse financiar e aumentar o capital. É evidente que ouviria uma imensa gargalhada. Mas disse o mesmo em relação ao Estado, muito boa gente até ficou sem dormir preocupada com os banqueiros, mas nenhum político e muito menos jornalista ousou fazer o mais pequeno comentário, desmontando a manobra do banqueiro. Compreende-se, sem a publicidade da banca a nossa comunicação social iria à falência e sem os envelopes uma boa parte da nossa classe política também ficaria à rasca.
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